quarta-feira, 28 de março de 2012

O HOMEM QUE VIROU SOPA

por Eduardo Minc, sexta, 10 de Fevereiro de 2012 às 09:40 ·

Apesar de não ser
o Lenine, vou pedir
procês, um pouco
mais de paciência,
que é pros surfistas e
suas "amigaaaaa!!!"
tentarem entender melhor.
Então,devagar, e
sempre,
Como aquele brocha do seu Arnaldo
vamos lá para o tradicional:
Era uma vez, um cara
que tentava ser normal.
Dava bom dia, com a mesma
expressão de quem manda se fuder;
e se desculpava, sem mexer
os lábios, como um ventríloquo
desbocado.
Tudo ía de mal a pior,
mas a gente sabe que sempre
pode piorar, né..
Tudo começou no
meio de um faroeste caboclo,
quando, em plena Central
do Brasil, ele, correu esbaforido,fugindo
daquelas coxinhas de galinha sujas
de graxa;e se deparou com um óculos escuro,
e a Fernanda Abreu por detrás, cantando,
Rio 40 graus....
Ele tava num dia maus,
Com uma sensação ruim,
tipo conselho de mãe, saca...
O cara tava suando mais
do que cachorro que la te
em terra.
Antes do Globo Repórter
anunciar o final dos tempos, - ao
invés da emigração das andorinhas
da Patagônia Selvagem -,
ele percebeu que estava
se liquefazendo.
Isso merrrrrrmo.
Não, cê não tá com a vista cansada, fica tranks.
Era o primeiro dia do
Homem que virou sopa.
O Zé Dumont nem era figurante,
E o outro Zé, o Mayer, continuava
ganhando pra comer gente.
Nosso pobre cidadão
queria a todo custo chegar em casa,
pois, aquela gota de suor,
que vai, caprichosamente ,
escorrendo pelas costas,
até se derreter no início da bunda,
estava multiplicando-se
mais que os Gremlins.
Mesmo sem ser "natureba",
ele esqueceu do desodorante que
protege 72h, hehe,
e estava com duas poças dágua embaixo
das axilas.
Quis pedir socorro,
mas até sua sombra sumiu,
A procura de uma fêmea pra
se acasalar.
O Homem que virou Sopa,
estava pingando,...
pingando...
pingando tanto
que ao chegar em casa,
o vizinho do 301,
estava reclamando de um
princípio de vazamento.
Na cama, seu dedo mindinho ,
úmido, quase todo derretido.
A atmosfera,
pudera, tava mais pra Mad Max, do
que Os Pinguins do chato do Jim Carrey.
ele já não andava, e sim ía alagando
a tudo e a todos;
sem piedade.
Esspecialmente àqueles que entram no
mundo virtual à tardinha, para importar
frases feitas, bonitinhas,
e reclamarem de tudo, sem nada
fazerem para mudar.
O homem que virou sopa,
ao menos, ele próprio,
estava mudando.
Deslizando pela sala,
ele n sabia como pedir socorro.
mas um pote vazio,
abrigou as milhares de gotas
desse pobre homem,
desprezado...
ultrajado...
por janotas engravatados
sentados depois
do vigésimo andar e
protegidos por um ar, tão
condicionados, como eles mesmos.
Como o carinha que escreve,
e não o seu mentor intelectual,
estava sem paciência,
guardou seu líquido
no pote da Kibon.
e intitulou:
Homem que pensa com Abacaxi.
Quando o calor
diminuir,
ele volta, inteiro,
ah, se volta...
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