quinta-feira, 26 de abril de 2012

UMA BOA PINTA

Hoje eu acordei
com uma pinta
Bem no meio da testa.
Oba , pensei com meus
botões de vidrilha.
Devo estar tão gostosa como a Sabrina Sato;
Aí pensei de novo:
Mas também devo estar tão escroto como a mesma Sabrina Sato.
Bom, deixa rolar...
Mas o negócio
é que era uma pinta braba,
daquelas que metem medo
em Janotas,
seus brinquedinhos
eletrônicos e
suas mulheres infláveis,
Para a véspera dos feriados. 
Mas o meu problema é outro;
Já me masturbei hoje,
limpei as mãos e
apaguei as ilusões.
Sucesso garantido
e sem torrar um tostão.
Pela terceira vez
no merrrmo dia, pensei:
Puxa vida, mas o quê
faço eu com essa pinta
bem no meio da cara?
Liguei pra ex,
Pros "amigos" que
puseram preço na testa,
Liguei pro 102,
E no auge da
ansiedade,
Liguei para o CVV.
Ah, sabe do que mais....
Deixei esse defeitinho pra lá
E me inscrevi no
próximo Big Brother.
Afinal, eles tão sempre
atrás de uma boa pinta mesmo..

segunda-feira, 23 de abril de 2012

UM DIA É O DIABO QUE ACABA!

Hoje eu fui obrigado
a me curvar
e admitir
que a Natureza
das coisas tá
mesmo fora do lugar.
Não me interessa de quem é a culpa,
o fato é que senti
que um Tsunami,
daqueles do
George Lucas,
tá vindo com força total,
Prometendo sacudir
meu mundo,
de Ex- mimado em atividade,
de ponta cabeça.
Tudo bem,
Não que eu pudesse me preparar,
Mas  já sabia que
Mais cedo
ou mais tarde
alguma força negativa
iria arrastar
sem piedade
Tudo o que já
era pra ter sido
há muito tempo.
Não dá nem pra dizer
que eu tô comendo
o pão que o diabo
amassou.
O pão acabou...
Mas deixa quieto;
Um dia é o diabo que acaba.
Como hoje é dia par,
eu não rezo pra um Deus,
rezo pra uma lorota,
Que serve pra gente
arrastar nossas
correntes vida afora
e adentro.
E é nessa lorota
que também acreditam
as crianças -zumbis do Sudão,
os Desgraçados do Haiti,
e eu aqui,
mais sozinho,
do que elevador vazio:
Como diz o outro.
Hoje ,
eu só
quero um pouco de carinho
Um ninho
Duas aves fortes
que me levem de carona
Pra dar uma volta por aí.
Eu sei que nem só de pão
vive o homem,
Aliás, diz aí..
De que mesmo vive o homem?

domingo, 22 de abril de 2012

UM DIA BOM PRA MORRANÇA

A vagina escancarada
de uma morena de coxas
grossas me chama,
desinibida, pra me aquecer
dentro dela.
É assim que eu vejo
a janela da sala
arreganhada
e pronta para eu
bater o recorde
de salto
em altura de Paraquedas;
Mas sem Páraquedas.
Não que hoje seja um dia
perfeito pra morrer.
todo dia é perfeito
pra viver ou morrer
Afinal,
desde  que "O CARA"
inventou da gente se
chafurdar na lama
ou beber água sulfurosa,
só porquê faz bem
pra saúde;
que a gente
tem mania de reclamar de tudo...
Enchendo o saco dos outros
enquanto gente morre
no andar de baixo;
vai saber.
Ok,
hoje tá chovendo,
é Domingo,
Minha cama quebrou
e ouvi grosserias de uma colega
que me pediu pra ligar prela.
vai entender...
Se tudo sair
como num roteiro de Bergman,
Fellini, ou daqueles diretores turcos, que não sabem se
estão pisando
na Europa ou na Ásia,
devo estar com os miolos espalhados
lá pelas quatro da tarde;
quando cê tá acordando,
com àquela
mulher gorda e
de máu-hálito,
ao lado,
e, cofiando
os bigodes
que ainda não têm;
sente o cheiro
murrinhento de luxúria
pingando do teto de sanca,
que voltou à moda.
è que lá pelas 17:12,
o Flamengo deve tá
metendo um gol
no Vasco.
e ninguém vai
se importar em
sair de frente
daquelas TVs de
plasma enorme
e que prometem
felicidade em HD,
para montar
um quebra-cabeças.
Mas eu n vou fazer vergonha
na morrança não.
relaxa...
Vou peladão,
mas com hidratante
e colônia azul
"cheirinho de bebê".
que ganhei de presente,
juntamente com a costela
do David Beckham.
foi aí que virei
o primeiro
metrossexual
tupiniquim.
Os porta-retratos
já não tem ninguém sorrindo,
Já assinei a alforria,
à liberdade de Noel,
meu parceiro de
quebrar convenções;
e deixo pra trás
a lembrança de uma
família perfeitinha,
mais;
a lembrança de quem me
adiou as negativas
do mundo.
mas vou sentir saudades
da ilusão,
que no fundo,
é a única coisa que a gente
perde,
quando olha pra trás.
E, pra não dizer
que não falei de gente,
levo comigo
o gosto de ovo quente
que mamãe fazia,
em potinhos próprios
pra comer ovo quente
e não sujar a toalha.
 Caso venha, de fato à
tal da morrança,
deixo pros leitores
meus neologismos,
pra Das Dores,
o cheque do,próximo mês.
Ah, meus três Cds
de Bocelli,
deixo pros boçais;
Mas,
tenha dó não,
nem pergunte
a razão,
pra sociólogos
terapeutas,
e "amigos" que
há muito
puseram preço na testa.
É como eu sempre digo:
Viver comigo já é viver com gente demais.
Intão, tá..
Agradeço ao tênis branco e laranja,
às Havaianas
e ao iogurte,
que tomo toda manhã,
com aveia
e banana.
pra ter fibras a mais
e aguentar a humanidade.
Ih, esquenta não
é só mais
um...
Mas,
se eu
me acovardar,
como é de praxe,
Pego pela décima oitava vez,
The Gladiator,
e peço pros anjos
abençoarem  meus pesadelos.
e irem buzinar nos ouvidos
do Neymar ,
que já tá com a vida ganha
mesmo com aqueles cabelinhos escrotos.
Passo as mãos no trigueiral,
e vejo gente que nem me lembrava mais.
Prum que tava mais pertinho,
eu pergunto: é agora?
e ele, só pra me sacanear, sei lá..
No
Not now
Not Yet

sábado, 14 de abril de 2012

PESSOA, A SENHORINHA E MINHA TAQUICARDIA

     Tenho um colega que a todo instante repete a mesma frase, quando discordam de suas versões dos fatos: "Pois é, gosto é que nem nariz;cada um tem o seu". E o pior é que o cara tá certo. Temos de respeitar as pessoas e suas escolhas particulares, em todos os itens, tais como, roupas, livros, música, filmes, comida, e por aí vai. A mim, entre outros escritores (as), coube gostar muito de textos de Fernando Pessoa e seus heterônimos. Antes da exposição, no Rio de Janeiro, em 2011, podia jurar que o poeta português tinha somente outros três heterônimos:Álvaro de Azevedo, Ricardo Reis e Alberto Caieiro. Quando cheguei ao Museu Nacional dos Correios, fiquei surpreso pela quantidade de heterônimos dos quais nunca tinha ouvido falar, bem como à respeito da excelente qualidade da Exposição.
     Com a possibilidade, não de alterar, mas de brincar com os textos -cada vez que sua mão se aproximava de uma tela de projeção, as letras mudavam e aparecia um novo poema à sua frente -, fui caminhando solitário pelo salão. Era uma tarde de sol, num Domingo em que o Centro do Rio se transforma numa cidade fantasma, onde quase ninguém transita. Aqui é importante fazer um pit-stop para lhes explicar que me identifico demais com o estilo de Pessoa e seus outros Eus, mas de uma forma inconveniente.;Ou seja; Me vejo tão oprimido, triste e até mesmo depressivo a cada vez que decido ler um de seus livros.
      Naquele Domingo, não foi diferente. Enquanto me extasiava com os versos do escritor, comecei a sentir alguns efeitos colaterais que a literatura de Fernandos, Ricardos, etc e etc estavam causando em mim. Fiquei um pouco zonzo, suava frio, e tristemente, me identificava com a poesia tão irretocável quanto funesta e derrotista do lusitano.
      Até que em certo momento, quando eu já estava me escorando nas paredes, como um bêbado que ingeriu versos em demasia, decidi copiar trechos de poemas , nos poucos espaços vazios do livro que carrego pra cima e pra baixo, como se fosse a minha Bíblia para os momentos de pretenso desespero.
E assim o livro "Onde Existe Luz", do mestre iluminado indiano, Paramahansa Yogananda, foi sendo preenchido em suas bordas e quaisquer espaços que eu encontrava. Até que ao reler uma das poesias que mais gosto da turma do Pessoa, não me dei conta da aproximação de uma senhorinha elegante, com um laço de fita colorido no pescoço, óculos e um chapéu Panamá, conveniente para aquele dia ensolarado.
      Em silêncio, em respeito à minha catarse particular, ela se aproximou, e esperou eu pôr a minha mão próximo a tela de projeção, para puxar assunto. Era uma professora aposentada e se mostrava tão simpática , como resignada com os versos do Português. A certa altura, percebendo a abertura que aquela velhinha me deu, perguntei como era possível, digamos, se proteger dos versos de Pessoa, os quais eu me identificava pelo seu reflexo mais sombrio.
      Primeiramente, ela disse que , quando esteve com o dramaturgo Dias Gomes, há anos, ele lhe disse que as pessoas têm de nascer para incomodar....senão não valhe a pena. Muito bem sacado este comentário. O problema é que sou teimoso e insisti:"Mas como não se deixar levar pela profunda tristeza de Pessoa"?. Ela tirou o óculos, limpou num lenço, o recolocou, e finalmente disparou: " É só ter um pouco de charme, meu filho", e se despediu indo embora com sua acompanhante e sua sabedoria que só os anos nos emprestam. Depois disso, me conformei, a taquicardia diminuiu, permaneci mais uns 10 minutos e fui-me embora na certeza de que vivi um dia prodigioso de literatura e, sobretudo, de sabedoria;
     

sexta-feira, 13 de abril de 2012

" SERÁ QUE AMANHÃ VAI DAR PRAIA?"

Ser carioca tem
muito pouco a ver
com o fato de cê
ter nascido na
Cidade Maravilhosa.
Aqui, como na roça,
ou na sala de espera
do Paraíso,
Tem cretinos,
Malandros,
Bonitinho,
Feio arrumadinho,
e espirituosos, que
detonam em menos de
120 caracteres, ou cerca de 38 segundos,
quaisquer argumentos
de um wise-guy.
Ou seja;
ser carioca é uma espécie
de estado de espírito.
Até porquê,
canalhas e gentis,
Charmosos e imbecis,
Não são herança de DNA
e nem tampouco,
fruto da geografia.
Tem sujeitos de tudo
quanto é jeito, em todo lugar,
Né merrrrrrrrrrmo.
Conheço mais cariocas
paulistas, gaúchos,
italianos ou mineiros,
do que nas ruas
de Ipanema,
na Feira de São Cristóvão,
no Metrô,
em dia de Fla x Flu
ou na rua,
com bermudas
verdes, vermelhas ou azuis.
Tá cerrrrto;
a Cidade é Maravilhosa,
Mas não pensem que tudo são flores.
Aqui também
é preciso suar
Para ganhar cada centavo.
A diferença, claro,
está no savoir-fair
e na covinha,
segundos antes
de falar
sem forçar a barra,
que nem o Evandro Mexxxxxxxquita.
"Esxtou a doisx passosxxxxx... do Paraíso"
Eu, por exemplo,
falo "douze",
"Mermo",
"pode crer",
na juventude,
e "demorô",
Pra ir mais rápido...
Vai entender....
Mas, uma
indefectível
angústia indagadora,
sempre chega,
sorrateira,
à noitinha.
Eu vou te ensinar rapidinho.
É nossa angústia visceral;
Basta olhar pro céu
antes da última saideira,
Fazer barulhinho com o canudo
nos sucos misturados;
Esticar o pescoço
e desconfiado,
perguntar a si merrrrrrrrrmo:
"Será que amanhã vai dar praia?"

terça-feira, 10 de abril de 2012

NÃO FALA "MENAS" QUE MACHUCA ou EPINEFRINA NA CABEÇA

Juro de pés separados,
que tem gente que
precisava de uma injetada
de epinefrina no cérebro.
Quando eu tô quase me curvando
a uma gata, ela
solta um "menas",
e eu solto um
Socorro!
O mundo anda meio
complicado merrrmo.
Mas....
É preguiça?
Má vontade?
Acha que vão te barrar na livraria
com sacola que virou grife?
Soletra que
nem que o Zeca Diabo?
Porque,
pra tudo tem cura, meu bem,
Menos para burrice.
Aí, o Tio, que tá em forma,
Mas sem a menor
Paciência,
Não tolera.
Burrice me mata.
Ok, eu posso até te comer..
Mas , não fala teu nome,
nem abre a boca,
que eu ainda te dou
o do açaí,e
aquele banquinho de gel,
Procê fazer spinning,
ao lado daquela bichinha
corcunda, de tanto
carregar o armário nas costas.
Vai por mim.
Eu comecei
No Chapeuzinho Vermelho,
com a "Vaca que voava"..
Desculpa, não é contigo..
É o nome do meu primeiro livro.
Sabe como é...
Como não tenho peitinhos,
reprovados no teste do lápis..hehe,
 em vez do primeiro sutiã,
O livro inaugural
a gente nunca esquece.
Mas, por favor,
faz um bem procê e
pro mundo.
não fala "menas que machuca",
e antes de abrir as pernas,
Injeta epinefrina na cabeça.
Tá lá no Discovery,
Mas não aqui na minha rua.

A OBRA, O KAOS E A ANNIE FRANK

Aqui em casa
tá tudo fora da ordem;
Geladeira no corredor,
Sala sem janela
reboco acabou de
cair na cabeça da síndica,
o liquidificador anda
pendurado no meu pescoço;
A boca de Noel
corre pra lá
e pra cá com a canela
de um pedreiro;
Sempre diferente, é claro;
pois ele gosta de variar sabores:
graxa, suor salgado e fandango da laje.
Mas não faz cara de nojo não,
porque tu também
passou por isso.
E, diz aí:
Quem nunca foi em nove
entre dez festas chiques
com estrogonofe,
guarana quente
fandangos e aqueles..itos
pra onde quer que a gente virasse...
Bom, mas o fato
é que minha vida caótica
e subjetiva,
agora ganhou
um caos factual,
verídico.
Uma obra
que pode durar 20 dias..hahahahah
ou deve acabar na véspera do Natal,
ou ainda,
até acabar o estoque.
como naquelas liquidações
da Casa & Vídeo;
onde àquela tua amiga
que atravessa a piscina
com a empadinha seca,
fica se escondendo na fila,
com a roupa da grife,
a calça que levanta a bunda,
e o livro do Neruda,
que cê empretou
e ela nunca leu.
Bom;
Chega de tergiversar (ah, moleque!!)
voltemos à obra.
A cozinha
não existe mais.
virou um bunker
insuportável.
Anne frank,
que vivia agachada há 48 anos,
saiu correndo de felicidade.
Contaram pra ela que a Guerra acabou.
Mas ela agora só sabe andar agachada
e se acostumou a se ocultar.
Quem sabe ela não tá embaixo da tua cama..hehe
Olha lá!
Ih, os putos,
quer dizer, a turma de pedreiros do funil
chegou;
e como cê sabe,
ou deveria;
eu escrevo em tempo real;
então
pra eu passar o dia tranquilo
com algodão no ouvido
pra não ouvir as marretadas
dos assistentes
de Thor - o Rei do Trovão
Eu vou lá;
Mas eu volto...
a merda é toda essa..
Eu sempre volto.
Mãos à Obra.
"Já vai corno!!!!

domingo, 8 de abril de 2012

EU TIREI JESUS DA CRUZ

Eu Não sei
se meditei,
dormi,
sonhei ou vivi;
mas o fato é que
eu
tirei
Jesus da Cruz!
Só não vai contar
Pra nenhum
Psiquiatra.
Po que eles
só acreditam
em um Deus:
Eles mesmos.
Bom, mas eu
não estava só.
comigo três Avatares:
Ramhana Maharshi,
Noelzinho
e o Neymar.
Fomos de madrugada,
sorrateiros;
Noel tratou de ir desamarrando,
Neymar foi tirando
os parafusos que ainda
vai ter nas pernas -
de tanto levar porrada,
E Rmana, o mais quieto
do grupo,
mandava a gente falar baixinho,
enquanto cofiava a barba,
como um sinal que atraía
bodes -expiatórios.
Pegamos Jesus No colo
e em conjunto,
limpamos suas feridas
ele olhava pra mim,
como papai,
dias antes de ir
descansar em
Alzheimerland.
Noel Lambia as chagas,
Neymar driblava
os inimigos;
E Ramana pedia
pra gente falar baixinho.
Escondemos Jesus,
Nós, os Qatro Avatares
Ou os QuatroFantásticos,
na versão infantil.
Na verdade, Jesus não
ressuscitou.
Aquele era um modelo
Ocidental,
do Hercovitschcsh.
Eu fiz a barba de Jesus,
Neymar, claro,
o cabelo.
Noel,afastando
as "hienas",
e Ramana,
pedindo pra gente falar baixinho....
Na verdade, Jesus tá por aí,
Jogando água benta
na humanidade,
e quanto a nós quatro.
Cada um com seu quinhão.
Noel, meu carneirão,
fala com o olhar;
Neymar será o
cara com cabelo
mais escroto
feito pelo Hercovitcshsch,
a fazer dois mil gols.
Eu carrego minha
própria cruz;
E Ramana,
sempre quieto,
pedindo pra gente falar baixinho...

O Proscrito...ou, SÓ MUDA O ENDEREÇO

Não há base sólida sem uma família.
Mas também não há teto de vidro
Sem um bom octógono.
Datas, então, a demagogia
lembra aquele croquete de carne
do Piraquê- o Clube,
de quando, crianças
achávamos o nosso mundo nuclear
todo perfeitinho;
Mesmo com os chinelos
voadores daqui
para lá;
ou por causa de
uma manga gostosa
que teve o mau gosto de
ser colocada na mesa, sem antes
ser lavada.
Ora bolas, roupa suja é pra ser lavada,
e maçã que se preza,
esfregada na camisa.
Como os filmes
da Família Dó-Ré-Mi,
ou como em qualquer
lugar supostamente
aconchegante do mundo.
Por isso, tá decidido.
De hoje em diante,
Só compro
Porta-Retratos
que já venham com a foto
do paraíso irrestrito
embutido;
Um casal biito, correndo na praia
todos de branco. com um filho lourinho,
e a Lassie.
Um case de propaganda
de plano de Saúde
ou Cartão de Crédito;
E depois de tanto prato quebrado,
mesmo sem ser grego,
e tantas palavras
que não deviam ser ditas.
Tudo,
Exatamente tudo...
Volta ao normal...
Até a próxima festa.

sábado, 7 de abril de 2012



Aí o nOELZINHO, MISTURA DE uRSO pOLAR , pANDA SELVAGEM DO oESTE cHINÊS E O CHIHUAHUA TOY(N DÁ PRA VER QUE ELE ACABOU DE ENGOLIR). ESSE É AMIGÃO, MESMO. mEU CARNEIRÃO..HEHE BÉEEEEEEEEEEE

07 DE ABRIL - DIA DO JORNALISTA


EU VOU SIM....MAS EU SEMPRE VOLTO

por Eduardo Minc, sábado, 7 de Abril de 2012 às 18:18 ·

Eu me emociono
Nas chegadas e partidas,
Quando o David perde um gol feito;
E quando gente bota preço
na cara.
Eu me emociono,
quando me acham um Menino do Rio,
Mesmo sabendo que minha
pátria é o lugar onde a gente tá feliz
com quem quer brincar de ser feliz.
Simples assim....
como a vida tinha de ser....
como a vida tem de ser......
Me emociono,
cada vez que você pensa,
cada vez que ce ri,
enquanto mio cuore
aperta daqui.
Mas eu sou de Câncer, né;
Mais romântico que o Lulu
E com o sotaque da Blitz.
E se eu n contei procês,
Eu já tive em Miracema do Norte:
A dois passos do paraíso.
Desidratado
e concertando um fusca 76, de um tal de Rock ( esse era o lutador)
que veio do Pará, acreditando
que Tocantis,
era onde o sol brilhava
pra todos.
Pudera, não tinha árvores em Palmas.
Eu me emociono,
quando vejo livros publicados,
com rimas que eu fazia aos 16.
Mas ainda bem que eu sou
aberto às diferenças.
Senão, ora bolas, o que seriam dos babacas.
Deixa eles serem babacas.
Se eu subir dois passinhos na escada,
Já valeu a pena.
Porque Super-Herói
é quem vence as batalhas
do interior.
e se arrisca em abismos internos.
Deixa os babacas pra lá,
enquanto, eu judeu,
no fundo,
um Soul Research,
Volto do templo
Hinduísta,
com o bilau
cortado,
e cantando Glória Aleluia,
ao lado de um Rabino.
é que hoje é Pesach,
dia de comer Matzá, eu acho.
Sabe do que mais.
Vivam às diferenças,
até porquê os babacas
vão continuar tentando...
mas o bem, Darth Vader,
Sempre vence no final.
E na Europa é assim...
"E se não morreram,
estão vivos até hoje."

sexta-feira, 6 de abril de 2012

AO VENCEDOR O BACALHAU, OPS, AS BATATAS!!!

por Eduardo Minc, sexta, 6 de Abril de 2012 às 14:24 ·

Pela primeira vez na
história recente dos
últimos 10 mil anos
da Noruega, os Bacalhaus
puseram a cabeça pra
fora do gelado litoral de Oslo
e fizeram uma das maiores
passeatas organizadas
na praçinha da esquina
das Lojas Americanyskaplov.
O país é dominado
pelas pessoas com mais de
oito consoantes no nome.
E algum escritor
inexpressivo,que já
deve ter ganho o prêmio Nobel.
A exigência, lógico,
foi o fato de os bacalhaus - não admitirem
mais ser pescados
por atores de filmes
de Hollywood;
em que os personqagens
sempre naufragam;
e fazer parte do prato
principal,
logo numa Sxta-feira.
Sim, pois este tem sido o
dia em que os Bacalhaus
da espécie Vasco da Gama
costumam jogar uma Pelada
contra o time do "Sempre Vice",
que também é o Vasco da Gama.
E as Batatas, com quem os Bacalhaus
costumam pular a cerca,
e acasalar,
neste dia santo, vão
ficar a ver navios, pelo
que tudo indica.
Paraíso fiscal
do Briattore,
e maior fonte do
turismo de photoshop,
com a visão pós-fabricada
da Aurora Boreal -não
confundir com aquela que
era a mulher de verdade -,
os bacalhaus fizeram poucas,
mas importantes exigências.
Não querem mais matar
ninguém com suas espinhas,
querem selecionar as batatas
mais gostosas, para um
sexo animal,
e querem que o Peru
que pague o Pato;
e além de ser servido
no Natal, e Dia de Ação
de Graças, seja
também o prato
mais cobiçado
neste dia santo, ao lado
dos Ovos da Ilha de Páscoa,
que prometem se rebelarem
até o ano que vem,
caso os filhos gordos
de classe média decadente,
continuem a quebrar
os ovos que ficam mais baratos
depois da Páscoa;
E quebram só de sacanagem.
O presidente Gomes de Sá,
desse país Europeu, onde o
sol brilha apenas quando o
cometa de Haley-Davidson
passa pela Terra, acalmou o
povo, todos descendentes de
Thor,o Deus do Trovão que
batermo cajado no teto
dos vizinhos, só
pra sacanear.
Gomes de Sá pronunciou,
de dentro de sua Jacuzzi,de 37 graus,
centígrados, que,
o João do Rio,
inventor do Jogo do Bicho,
é quem vai decidir, entre
o Peru, o Bacalhau, o Pato -
que se machuca sempre quando entra faltando 10 min, pelo Milan -
ou as batatas serão os beneficiados.
E, mesmo com a oposição
querendo salgar a passeata,
tudo indica que nada
vai acabar em pizza e
que,aos vencedores, as batatas!!!

sábado, 31 de março de 2012

SÍNDROME DE "DOWN"

por Eduardo Minc, sábado, 31 de Março de 2012 às 14:13 ·

Há vezes em que me
sinto, meio assim,
incompreendido.
Feito um conhecido meu
que decidiu passar
um tempo na Alemanha.
Só que ele não aprendeu
a falar alemão,
e ainda esqueceu o português.
Hoje fica perambulando por
Berlim, pedindo esmolas
em mímica, encostado
numas pedrinhas que restaram
do Muro que a família Shumacher
costumava se lamentar.
Mas é que às vezes me sinto
tão fora de foco,
como um claustrofóbico
dento de um porta-retrato
Uma espécie de BBB
que quando vai ao paredão
não tem ninguém na arquibancada.
e eu vou ficando,
pq o mundo aqui fora é frio..
Tem vezes que
penso ter um outro eu,
, um outro você,
um outro tudão,
numa dimensão paralela.
Coisa de doido,
mas eu vou contar..
Só me dá uns minutinhos, pra eu comer
meu polenguinho, sem sujar as mãos
como aquele janota que já
nasce com o suéter
encaixado nos ombros.
É aquele negócio, né.
Hoje , vivo na solitude,
mas amanhã, quem sabe
eu não tropece numa estagiária de direito:
Inconfundível, com seu tubinho
preto, o código civil numa mão,
uma maçã na bolsa,
e o gadget lilás modernoso,
com 18 condicionadores dentro.
e um modess, pra caso aconteça, né..
Eu vejo ao redor
mas não me encontro.
alguém especialista,
especial, na arte
do arqueiro zen;de ser
simples assim..
como a vida tem de ser.
O incompreendido parece
feliz;
e pensa que todos na rua
têm a vocação pra se dar bem;
Não, não é isso meu bem
É que tem gente que digere bem
os miolos fritos do almoço.
Deixa o tio explicar melhor;
É como se todos
tivessem achado aquele prêmio
depois de abrir um chocolate de embalagem dourada;
enquanto eu cismo em
ficar apalpando Ovos de Páscoa,
e quebrando um aqui,
outro acolá..hehe.
Ás vezes, á a sensação da gente
ser a letra da sopa que tá faltando,
e às vezes,o último biscoito
do pacote.
Justo aquele que a gente
quer saborear no intervalo da novela;
com os dois últimos goles de Coca.
E alguém com os olhos tristes vem,
e diz:"Me dá um biscoito?"
êta perguntinha irrecusável.
Um tal de Steve Jobs
desenvolveu toda essa
joça virtual,
só pra gente se sentir
um incompreendido
em conjunto.
Mas,até que eu tenho
me aturado legal,
quando esqueço de pensar.
O que , convenhamos, é quase
impossível.
O incompreendido vive
numa espécie de ilha, cercada
pelos que sempre tiveram certeza, de todos os lados.
Mas n sou eu que rezo
pros mortos, pra pedir
pela vida de alguém;
Até porque os mortos
vão mais é querer companhia.
Então, deixa assim.
Minha cozinha, um bunker
de obras,
Noelzinho dormindo
no ninho do dinossauro
e uma brisa gostosa,
pra eu ouvir uma banda
chamada Delicatessen,
Brasileiríssima,
Espécie de replicantes
de Norah Jones, tupiniquins.
Delicatessen,
"Goodnight Kiss"
Tem João Donato
e Menescal.
Agora vou "nessen"
Ver de que lado do
muro os loucos estão.
Mas tô longe,
ainda longe,
do final.
Enquanto isso eu corro,
Tomo chuva,
e páro cinco minutos,
Só pra ver filigranas
de uma flor.
fazendo desse trem
Um vagão
on the road
simples,
simples assim...
A carcaça na estrada
e com passagem só de ida.
Até porquê...
eu n sou de lugar algum
Minha pátria é onde
me sinto feliz

quarta-feira, 28 de março de 2012

Se depender dos outros e dos "amigaçooooos", eu já tava putrefando . mas como depende de mim, tudo pode acontecer, né. Vamo vivendo e vê o que acontece. Se n me engano, é como dizia o Wilson Simonal "Eu tô voltando......"

Aprender a dizer NÂO! é uma das coisas mais libertadoras que existem

Eu só quero saber rapidinho é do que pode dar certo. porque eu n tenho tempo a perder, ora bolas....avisa ao Titãs, valeu...

É engraçado. Eu n vivo mais em busca de respostas. As interrogações me geram muito mais prazer...

Da série Contradições do Edu: Viva la vida e que se foda o mundo...

AOS 13

por Eduardo Minc, quinta, 2 de Fevereiro de 2012 às 14:27 ·

Aos 13, eu aprontava à beça,
achava minha família
perfeita, muito além dos
porta-retratos.
Aos 13, eu curtia todas com um ex amigo
que hoje mora noutro planeta.- O de como ganhar dinheiro em dez lições-,
E eu vivo pra tentar simplificar;
Mas éramos uma dupla e tanto
Aos 13, tirava um cochilo
dos justos à tarde,
Mesmo quando eu ficava puto,
porquê mamãe tinha improvisado
um arroz com banana, ervilha e milho
nos dias de faxina.
Aos 13, acordava com cinco envelopes do Futebol
Cards embaixo do meu travesseiro,
Deixados por papai, antes
dele ir atender pacientes lá onde
o vento faz a curva.
Aos 13, eu fugia da escola,
Pulei o Muro do Chapeuzinho,
driblando um porteiro negro,
impecavelmente simpático.
Aos 13, eu jurava que tudo ía ser fácil
aos 30, ou 40.
Antes disso, papai foi para
o mundo de Alzheimerland.
Nunca tomamos aquele chope gelado;
e, ao "virar homem", ao fazer Barmitsvá.
Meu únigo privilégio foi
O de carregar a alça do seu caixão.
Funeral Blues tupiniquim.
Aos 13, eu achava que, por
ter olhos verdes, eu veria
o mundo todo colorido.
Aos 13, eu usava tênis Bamba,
Jogava futebol com os amigos do prédio
e íamos correndo beber
a Fanta Limão,
recém lançada.
Aos 13 eu era franzino, mas
entrei no meu primeiro
filme proibido para menores
de 14 anos.
Grease foi o que me desvirginou
nesse divãs democráticos.
e até hoje, eu canto gemendo, "Oh Sandy.."
Aos 13, estava prestes a ver a seleção de 82
perder para o maledeto do
Paolo Rossi.
Desde então, não tomo mais sorvete napolitano.
Aos 13, eu nunca imaginava,
que um dia , ía olhar pra trás
e nunca mais achar a Terra do Nunca.
Aos 13, eu tinha ilusões;
e mesmo quando chorava
por alguma bobagem,
Sabia que o melhor
ainda estava por vir.
Aos 13, eu jogava bola
que nem o Neymar, só que com um
cabelo decente.
Aos 13, quando eu tinha insônia,
meu pai roncava, minha irmã brincava de Susie,
e eu, embaixo de uma cama
impecavelmente arrumada,
quando não conseguia dormir,
e tinha os olhos tristes do Noel,
Minha mãe vinha perto,
com aquele cheirinho natural
que só as mães têm, e dizia.
"Dudinho, é só fechar os olhos
que o sono vem".
E vinha mesmo.
Na verdade, às vezes acho que tô
dormindo até hoje.
Tenho medo de abrir
Os olhos,
e perceber
que a eloquência do meu silêncio
não poderá ser ouvida
Jamais.
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NÃO VEM COM ESSA DE ME SALVAR NÂO

por Eduardo Minc, quinta, 2 de Fevereiro de 2012 às 15:29 ·

Tudo bem que aquele carinha
francês, o tal De Gaulle, disse,
depois de beber, talvez,
uma taça de Beaujouleais Nouveau, em
frente a um hotel argelino, em
pleno Boulois de Bologne.:
"Triste é um país que precisa de heróis",
ou algo assim.
Mas certamente que nós
gostaríamos de , em nossos
momentos de incerteza, ver
um holofote ao lado da lua,
nos confortando para querer
acordar obstinadamente no
dia seguinte.
 E enfrentar
o mundo  que por vezes é tão insosso
e sem ver as caras de Zumbi
das pessoas que andam com
a bochecha grudada no metrô.
Pra mim, o Homem Aranha,
que eu me lembre,
é o mais angustiado entre eles.
Ah, mais aí vem a Kirsten Dunst
e preenche todas as teias.
O Capitão América é um
idiota.
Ora bolas,
onde já se viu enfrentar inimigos com um escudo
estampando a bandeira americana e escrito:
"Kill me Nazis".
O Homem de Ferro, esse sim,
sabe levar a vida na flauta,
e por isso não deve enferrujar nunca.
O Hulk, pobre homem,
parece um alface ambulante,
quicando por aí e acolá
e comprando todo o estoque
da Varcas.
o Thor, caiu sem querer na Terra
e com seu cajado-bumerangue,
me faz lembrar o pião sarado aqui
de baixo, com sua britadeira
insuportável.
O mais incrível é que eles
mantém em segredo seu alter -ego,
mesmo virando enredo da Mangueira, e
desfilando no Sambódromo, só com os
olhos tampados e a bunda de fora.
Ah, e tem o Homem-bichona,
que voa com um armário preso às costas,
achando que o mundo inteiro não sabe seu segredo.
E o Highlander, pobre coitado,
não consegue morrer
de jeito algum.
Miséria.
"Who wants to live forever".
Eu é que não,
apenas florir
na primavera,
nevar no inverno e
suar no Verão.
Depois quero outras viagens.
E, Oh,
Não vem com essa
de me salvar não.
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E AÍ SEU DOTÔ ou PÕE A MÙSICA DO ROCK BALBOA ANTES DE LER

Por Eduardo Minc, sexta, 3 de Fevereiro de 2012 às 05:42 ·

Meu coração é meio
que nem uma casinha de palha;
gostosa de ficar encolhido nela.
Mas se um vento forte bate,
o coração de espatifa.
E, outo dia, correndo no Leblon,
Cometi um erro capital,
Liguei pra mamãe, justo no dia
de faxina, dizendo que eu
estava correndo, e que ía passar lá em Copapara lhe dar um beijo.
Mas a mãe estava desaforada
naquele dia, e disse que
eu já não tinha idade para fazer
extravagâncias....
aí, eu falei.
Calma, Beth, calma! (Elixabeth é o nome dela, mas tem que ser com z e th, que nem o da Rainha,senão dá merda)
você sabe que isso
é tranquilo pra mim.
e ouvi:&¨%$¨&&&¨%,
Claro que o fone estava a um
metro do meu ouvido.
O fato é que praga de mãe
pega.
e pega legal.
Aí, pronto, resolvi fazer um ketchup,
ops, desculpa, um check up..hehe
já fiz todos os exames e ,
caso sobreviva à cretinice
humana, eu vou
ao cardiologista hoje.
Como quem diz: Toma aí, meu chapa e vê como tá tudo bom:
Xixi, dopler, creatinina, albumína, tch, iptu,sus, inps, ipva, etc.
tinha todas as siglas.
ou seja;um cardápio completo
pra você, que na segunda,
começa aquele novo regime.
Porque  sempre está dois kilos acima do peso.
Bom, mas o fato é que o dotô tem a cara
do Wladimir Putin;
Fico sem saber se ele ´
é grosso,
tímido,
rabugento,
ou o Dick Vigarista.
Mas hoje, depois das duas,
ele vai ver só.
o coração vai estar tinindo,
o dos livros de biologia
e aquele outro
da Renascença.
Se Deus quiser
estarei pronto pra
amar de novo.

O HOMEM QUE VIROU SOPA

por Eduardo Minc, sexta, 10 de Fevereiro de 2012 às 09:40 ·

Apesar de não ser
o Lenine, vou pedir
procês, um pouco
mais de paciência,
que é pros surfistas e
suas "amigaaaaa!!!"
tentarem entender melhor.
Então,devagar, e
sempre,
Como aquele brocha do seu Arnaldo
vamos lá para o tradicional:
Era uma vez, um cara
que tentava ser normal.
Dava bom dia, com a mesma
expressão de quem manda se fuder;
e se desculpava, sem mexer
os lábios, como um ventríloquo
desbocado.
Tudo ía de mal a pior,
mas a gente sabe que sempre
pode piorar, né..
Tudo começou no
meio de um faroeste caboclo,
quando, em plena Central
do Brasil, ele, correu esbaforido,fugindo
daquelas coxinhas de galinha sujas
de graxa;e se deparou com um óculos escuro,
e a Fernanda Abreu por detrás, cantando,
Rio 40 graus....
Ele tava num dia maus,
Com uma sensação ruim,
tipo conselho de mãe, saca...
O cara tava suando mais
do que cachorro que la te
em terra.
Antes do Globo Repórter
anunciar o final dos tempos, - ao
invés da emigração das andorinhas
da Patagônia Selvagem -,
ele percebeu que estava
se liquefazendo.
Isso merrrrrrmo.
Não, cê não tá com a vista cansada, fica tranks.
Era o primeiro dia do
Homem que virou sopa.
O Zé Dumont nem era figurante,
E o outro Zé, o Mayer, continuava
ganhando pra comer gente.
Nosso pobre cidadão
queria a todo custo chegar em casa,
pois, aquela gota de suor,
que vai, caprichosamente ,
escorrendo pelas costas,
até se derreter no início da bunda,
estava multiplicando-se
mais que os Gremlins.
Mesmo sem ser "natureba",
ele esqueceu do desodorante que
protege 72h, hehe,
e estava com duas poças dágua embaixo
das axilas.
Quis pedir socorro,
mas até sua sombra sumiu,
A procura de uma fêmea pra
se acasalar.
O Homem que virou Sopa,
estava pingando,...
pingando...
pingando tanto
que ao chegar em casa,
o vizinho do 301,
estava reclamando de um
princípio de vazamento.
Na cama, seu dedo mindinho ,
úmido, quase todo derretido.
A atmosfera,
pudera, tava mais pra Mad Max, do
que Os Pinguins do chato do Jim Carrey.
ele já não andava, e sim ía alagando
a tudo e a todos;
sem piedade.
Esspecialmente àqueles que entram no
mundo virtual à tardinha, para importar
frases feitas, bonitinhas,
e reclamarem de tudo, sem nada
fazerem para mudar.
O homem que virou sopa,
ao menos, ele próprio,
estava mudando.
Deslizando pela sala,
ele n sabia como pedir socorro.
mas um pote vazio,
abrigou as milhares de gotas
desse pobre homem,
desprezado...
ultrajado...
por janotas engravatados
sentados depois
do vigésimo andar e
protegidos por um ar, tão
condicionados, como eles mesmos.
Como o carinha que escreve,
e não o seu mentor intelectual,
estava sem paciência,
guardou seu líquido
no pote da Kibon.
e intitulou:
Homem que pensa com Abacaxi.
Quando o calor
diminuir,
ele volta, inteiro,
ah, se volta...
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esse dois

O OUTRO ANTÔNIO CALADO

por Eduardo Minc, domingo, 12 de Fevereiro de 2012 às 13:11 ·

  Tarde de mais um domingo insuspeito, daqueles que sugerem o ócio como o melhor dos ofícios para os preguiçosos por predisposição genética. Eu poderia estar vendo a exposição do pintor Modigliani -não, não é um prato italiano, tipo, Talharim à Modigliani - ou correndo, já que atividade física e esportes são alguns dos ingredientes mais eficazes para manter a ponta de meu nariz acima da água e me defender das kriptonitas da vida.
     Lembrei-me hoje, sei lá porquê, mas, com muito carinho, de Antônio Calado, não o autor de Quarup, mas o outro, que eu vim a conhecer na Revista Geográfica Universal, da Bloch, meu primeiro emprego, quando ainda estudava na PUC do Rio de Janeiro. Para não repetir o nome da figura mais emblemática que já conheci no Jornalismo, vamos chamá-lo de"O Outro", ok? Bom, se você concordou, ótimo, caso contrário, fodasse, porque quem está escrevendo sou eu,não é mesmo...hehe.
      Entre algumas figuras marcantes, cheguei à Geográfica como uma espécie de Tintim no mundo da aventura-Vol 1, eu era o mais jovem, e o restante da redação, talvez por cansaço da vida ou por já ter vivido um bocado de emoções, me recebeu bem , excessão feita às mulheres, que também eram tão escrotas que sequer mereciam mais do que algumas brincadeirinhas e expressões demagógicas de cordialidade, como Bom dia, Por favor, obrigado, e vá a merda, o que não é tão grave assim numa redação.
      Havia mais de uma pessoa interessante, mas uma em especial, O Outro, me causava uma mistura de compaixão, orgulho, gosto de aprender e uma certa proximidade que veio sei lá da onde (esqueçamos as doutrinas kardecistas, ateístas ou da casa do caralho). No final da década de 90, onde passei a maior parte dos três anos e meio que lá trabalhei, o Outro era um redator de mão cheia, um poço cultural sem fundo e o pilar para que a Revista saísse com o mínimo de erros, históricos e ortográficos.
      Mas O outro era também o que se prenunciava o fim dos tempos de um jornalismo divertido e sério ao mesmo tempo, com pitadas saborosas de humor que me encantavam, a mim e ao meu romantismo de esperar ansiosamente minhas matérias saírem à cada mês. (só um parênteses para reforçar o quanto eu era romântico e estúpido, não necessariamente nesta ordem. Quando me efetivaram como redator, após um período de estágio, fui comemorar com a minha namorada num restaurante meio chique na Lagoa Rodrigo de Freitas, ou, ao redor, melhor dizendo, e em vez de relaxar, saboreamos a sobremesa do meu existencialismo, de quem não admitia estar ganhando tanto dinheiro para pouco trabalho, vejam vocês. O mais interessante que, mesmo como Cobra criada, teoricamente, aos 44, o dobro e mais uns dias da idade que tinha, eu continuo a experimentar aqui e acolá a minha inocência fundamental.
     Bom, mas n estamos aqui pra falar de mim, ora bolas. Para começar, Calado, O Outro, falava sem parar, principalmente após o almoço, quando chegava bêbado à redação e alguns idiotas diziam que era o primo dele quem trabalhava à tarde. Era nesses momentos que a sua filosofia rasgava o peito e ele folheava a ouro quaisquer banalidades, com tanta empolgação, que espirrava de seus lábios uma chuva de bactérias em minhas, então, camisas de grife e cabelo com um toque de gel.
    Tive a honra de dividir um desses porres, sempre de chope com pouco colarinho. Lembro-me que neste dia, ele me disse, com o dedo em riste , e quase num tom profético: "Dudinho, a felicidade é alguma coisa que está em algum lugar dentro de você. Cabe a ti encontrá-la", cuspiu meu colega, filósofo abissal.
E escorado por mim, chegava na sala de trabalho e , mesmo com trocentas cervejas, era mais lúcido do que todos os funcionários do maluco do Adolfo Bloch e o cordão dos puxa-sacos.
     De cabelos brancos, vivia cofiando sua barba de capitão de barco de pesca, revezava sua meia dúzia de camisas e suas duas calças surradas jeans. Desapego em forma de gente, sabedoria pura e humor genuíno, num tempo em que trabalhávamos...ai que saudades, em máquinas de datilografia. O som do a, esse, de, efe, ge, era como Mendelsson nos meus ouvidos.
      Aos 60 e poucos anos, vivia em seu segundo ou quarto casamento, e , emotivo como o Yúri do BBB 12, que chora pra ser escravizado pela namorada gaúcha-, O Outro se emocionava à toa, pegava em minhas mãos e dizia. "Como eu queria ser seu pai, garoto. Você vai longe".
      Longe, exatamente, o mais que fui, foi a Moscou, cobrir pelo COB, Os Primeiros Jogos Mundiais da Juventude, mas Calado, o Outro me fez acreditar que o desapego e a doação do que se carrega de melhor -sabedoria - nos enlevam à despeito dos olhares tortos da turba.
      Um outro dia, um garoto, espinhudo e com cara de um dos sobrinhos do Pato Donald, hoje Editor-executivo de um dos Jornais de maior prestígio no Rio, veio nos perguntar onde ficava a Polinésia. Numa sintonia, que parecia regida por Rakmaninhov, O Outro disse que tínhamos várias, a Maionésia, que nos faz tão bem no pão, e engatamos em sacaneá-lo, até que ele encolheu o rabinho e voltou para a sua baia.
     Calado morreu quando eu já tinha sido demitido da Revista por um chefe que me ensinou quase tudo que sei, exceto a covardia, e eu n pude agradecer o tanto que queria, pois ele se foi um dia antes do que eu tinha decidido ir visitá-lo. Mas fica um outro ensinamento, ocorrido naqueles dias em que a gente se acha um merda. Andando pelos corredores e esbarrando nos cachorros de Seu Adolfo Bloch, cabisbaixo, eu ouvi, juntamente com um literal temporal bacteriano, suas doces e lúcidas palavras, não importa se antes ou depois do almoço. "Eduardo, você nasceu Jornalista. Você é um Jornalista de verdade e nunca esqueça disso". Me emocionei e ergui a cabeça algum tempo depois. Hoje, não sei bem quem ou o que sou, ou melhor, estou, mas O Outro Antônio Calado, lá de cima, parece ainda querer me dizer: "Filho, levanta a poeira , e vai ser gauche na vida...."
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Mais louco é quem te diz...lê e relê,muito 29 de Fevereiro

Às vezes...Loucos !!

Às vezes é preciso ficar só para descobrir outras pessoas dentro de nós,às vezes é preciso se esquecer para encontrar o melhor dentro de si ...Às vezes é preciso perder tudo só para ter algo de volta,as vezes é precis
o desistir para recomeçar...Às vezes é preciso se deparar com a morte para viver,às vezes é preciso tomar decisões para errar e errar para aprender. Às vezes é preciso entregar-se a outras loucuras para ver que não se é tão louco assim,às vezes é preciso esvaziar-se para preencher por completo o vazio.

achei mais um filhinho da prole...

ainda assim, porquê "sempre n é todo dia"

As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.
Ame-as MESMO ASSIM.
Se você tem sucesso em suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.
Tenha sucesso MESMO ASSIM.
O bem que você faz será esquecido amanhã.
Faça o
bem MESMO ASSIM.
A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.
Seja honesto MESMO ASSIM.
Aquilo que você levou anos para construir pode ser destruído de um dia para o outro.
Construa MESMO ASSIM.
Algumas pessoas têm verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar.
Ajude-os MESMO ASSIM.
Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, você corre o risco de se machucar.
Dê o que você tem de melhor MESMO ASSIM.
Lembre-se que, no final de tudo será você ... e Deus
E não você ... e as pessoas!


Madre Teresa de Calcuta / Mother Theresa of Calcuta

relaxa.....que tudo pode passar de mera ilusão....ainda assim, seremos personagens desenhados no papel... E se a noite estrelada for só uma cartolina preta?

Paramahansa Yogananda

percebeste, .....
" Se você deseja ser feliz, aprenda a viver sozinho e a mergulhar na introspeção, frente a todos os tipos de experiência: bons livros, problemas, religião, filosofia e alegria interior. O retiro proveitoso, voluntário e habitual, é o preço da verdadeira felicidade. Quando estiver no meio de uma turba de faladores, recolha-se à cela dos seus pensamentos profundos e goze a paz de sua fonte interior de silêncio", Paramahansa Yogananda

É HOJE O OSCAR ou E O MONOBLOCO QUE SE FODA

por Eduardo Minc, domingo, 26 de Fevereiro de 2012 às 07:39 ·

Ih, não é que hoje
é dia de Oscar?
Tudo preparadinho
com o mesmo aprumo
de uma penteadeira de puta.
A Margareth Tatcher pediu pra avisar:
vai fantasiada de Meryl Streep;
E a Meryl, já tem até cadeira com nome marcado,
depois da décima-sétima indicação.
Nem ela mesma sabe quem é.
Os papparazi, discípulos de
Cartier Bresson,
seja nos States, França, Bollywood,
ou no Carnaval brasileiro,
já se posicionaram pra
ver a Juju Salimeni
entrar sambando -"Juju, o tapete é vermelho, mas o
desfile é só pra quem sabe falar
"The book is on the table e Madame Thibaut".
Aliás, é a chance da França
empinar seu nariz,
Jogar os silicones falsos pras costas,
e falar, ops, falar não, sorry,
que O Artista, é o favorito pra ganhar.
O que, convenhamos, também
não quer dizer porra nenhuma.
Mas o ator principal, já disse
que vai de smoking em preto e branco;
E que , caso vença, não vai agradecer,
pois é completamente mudo.
Logo na entrada, um ufanista
Carlinhos Brown vai estar vendendo
acarajés, cocada e cuccuz e com as mãos.
Woody Allen vai com uma nova ninfeta
tailandesa, que ele adotou
pra hora de seus lanchinhos.
Sinto muito, meninas,
mas o George Clooney e seus filhos chatos,
anda numas de "descendentes", e promete
causar rebuliço, com um fraque e uma
bermuda florida, legítima hawaiana.
Tipo o Bonner, que quando se levanta, tá sempre com
uma bermuda larga dos Lakers.
o Kung Fu Panda 2, eu acho
que Shifu, dessa vez:
Mas em compensação,
O apresentador da vez
vai continuar sem graça.
Tanto que a Academia pôs um saco de riso
e outro de pum nas cadeiras.
Mas , os caras são mesmo demais.
Já construíram uma academia anexa para Hugh Jackman
malhar e Bradd Pitt jogar mini-golfe,
enquanto Clint coordena,com um rifle na mão
e nenhuma expressão no rosto.
A Viola Davis, corre o risco de ganhar
e ver seu salário de Babá decaduplicar.
Caso contrário, põe a "viola" no saco
e vai jogar basquete naquelas
quadras de Bervelly Bronx.
E na literal corrida pela
estatueta, o padre irlandês
prometeu que vai dar uma banda em quem estiver
na frente. Ou o Gladiador, Billy Elliot, os seu
"Carruagens de fogo", e o Paul tergat.
Ah, antes que eu esqueça: Semana que vem,
quando ce for pintar seus
cabelos com formol,
lá no Werner,
lê só uma revista de celebridades, já
que todas vão consultar um estilista
e seu armário para detonar o vestido
que o Herrrrrrrrrrrrrcoviitvcccccccccccc
fez para a Pamela Anderson.
Pera aí, calma que eu errei:
Pamela, no Oscar? não, esquece, que Jet Sky n entra.
então esquece também do Hercovich,
e deixa ele continuar se achando,
na Semana de moda Nordestina do Piauí.
Esse ano tem outras novidades:
Ao invés de 8 horas de transmissão,
serão apenas 7h48 min,
com propagandas do Russel Crown
vendendo apostilas de matemática
para uma mente brilhante;
do Tom Cruise vendendo óculos escuros
e a Ana Maria Braga, comendo seus quitutes,
pré -cozidos, e dando uns pegas no modelo
que ela põe um jaleco de médico..hehe.
E o tradutor simultâneo é
do Jóquei Clube, que fala 100 m de palavras em 9.59 s,
o que deixou o jamaicano Usain Bolt
puto, e apontando uma flecha invisível,
à la Pocahontas.
Mais uma vez , existe esperança
do pessoal de Hanna Barbera comparecer.
Rola um boato que importaram
diretamente de Bedrook,
quatro poltronas de pedra,do tipo
tanto bate até que fura....
para o conforto de Fred, Barney, Vilma e Beth.
Calma Beth, calma....
espera depois do Big Brother,
àquele que ce nunca vê, mas sabe
tudo o que acontece.
ou,
caso prefira...
joga fora as pipocas de microondas
da cama, tira aquele
caroço do dente,
e rouba a assinatura de um jornal
do vizinho.
Pena,
Ah se não fosse aquele submarino e três hidro-aviões
entre a minha L2 e a L3.
Mas, e aí, vambora fazer um bolão...
Eu me amarro,
Mas só se for solado,
maçudo
e molhadinho...
bem molhadinho...hehe
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