sábado, 31 de março de 2012

SÍNDROME DE "DOWN"

por Eduardo Minc, sábado, 31 de Março de 2012 às 14:13 ·

Há vezes em que me
sinto, meio assim,
incompreendido.
Feito um conhecido meu
que decidiu passar
um tempo na Alemanha.
Só que ele não aprendeu
a falar alemão,
e ainda esqueceu o português.
Hoje fica perambulando por
Berlim, pedindo esmolas
em mímica, encostado
numas pedrinhas que restaram
do Muro que a família Shumacher
costumava se lamentar.
Mas é que às vezes me sinto
tão fora de foco,
como um claustrofóbico
dento de um porta-retrato
Uma espécie de BBB
que quando vai ao paredão
não tem ninguém na arquibancada.
e eu vou ficando,
pq o mundo aqui fora é frio..
Tem vezes que
penso ter um outro eu,
, um outro você,
um outro tudão,
numa dimensão paralela.
Coisa de doido,
mas eu vou contar..
Só me dá uns minutinhos, pra eu comer
meu polenguinho, sem sujar as mãos
como aquele janota que já
nasce com o suéter
encaixado nos ombros.
É aquele negócio, né.
Hoje , vivo na solitude,
mas amanhã, quem sabe
eu não tropece numa estagiária de direito:
Inconfundível, com seu tubinho
preto, o código civil numa mão,
uma maçã na bolsa,
e o gadget lilás modernoso,
com 18 condicionadores dentro.
e um modess, pra caso aconteça, né..
Eu vejo ao redor
mas não me encontro.
alguém especialista,
especial, na arte
do arqueiro zen;de ser
simples assim..
como a vida tem de ser.
O incompreendido parece
feliz;
e pensa que todos na rua
têm a vocação pra se dar bem;
Não, não é isso meu bem
É que tem gente que digere bem
os miolos fritos do almoço.
Deixa o tio explicar melhor;
É como se todos
tivessem achado aquele prêmio
depois de abrir um chocolate de embalagem dourada;
enquanto eu cismo em
ficar apalpando Ovos de Páscoa,
e quebrando um aqui,
outro acolá..hehe.
Ás vezes, á a sensação da gente
ser a letra da sopa que tá faltando,
e às vezes,o último biscoito
do pacote.
Justo aquele que a gente
quer saborear no intervalo da novela;
com os dois últimos goles de Coca.
E alguém com os olhos tristes vem,
e diz:"Me dá um biscoito?"
êta perguntinha irrecusável.
Um tal de Steve Jobs
desenvolveu toda essa
joça virtual,
só pra gente se sentir
um incompreendido
em conjunto.
Mas,até que eu tenho
me aturado legal,
quando esqueço de pensar.
O que , convenhamos, é quase
impossível.
O incompreendido vive
numa espécie de ilha, cercada
pelos que sempre tiveram certeza, de todos os lados.
Mas n sou eu que rezo
pros mortos, pra pedir
pela vida de alguém;
Até porque os mortos
vão mais é querer companhia.
Então, deixa assim.
Minha cozinha, um bunker
de obras,
Noelzinho dormindo
no ninho do dinossauro
e uma brisa gostosa,
pra eu ouvir uma banda
chamada Delicatessen,
Brasileiríssima,
Espécie de replicantes
de Norah Jones, tupiniquins.
Delicatessen,
"Goodnight Kiss"
Tem João Donato
e Menescal.
Agora vou "nessen"
Ver de que lado do
muro os loucos estão.
Mas tô longe,
ainda longe,
do final.
Enquanto isso eu corro,
Tomo chuva,
e páro cinco minutos,
Só pra ver filigranas
de uma flor.
fazendo desse trem
Um vagão
on the road
simples,
simples assim...
A carcaça na estrada
e com passagem só de ida.
Até porquê...
eu n sou de lugar algum
Minha pátria é onde
me sinto feliz

quarta-feira, 28 de março de 2012

Se depender dos outros e dos "amigaçooooos", eu já tava putrefando . mas como depende de mim, tudo pode acontecer, né. Vamo vivendo e vê o que acontece. Se n me engano, é como dizia o Wilson Simonal "Eu tô voltando......"

Aprender a dizer NÂO! é uma das coisas mais libertadoras que existem

Eu só quero saber rapidinho é do que pode dar certo. porque eu n tenho tempo a perder, ora bolas....avisa ao Titãs, valeu...

É engraçado. Eu n vivo mais em busca de respostas. As interrogações me geram muito mais prazer...

Da série Contradições do Edu: Viva la vida e que se foda o mundo...

AOS 13

por Eduardo Minc, quinta, 2 de Fevereiro de 2012 às 14:27 ·

Aos 13, eu aprontava à beça,
achava minha família
perfeita, muito além dos
porta-retratos.
Aos 13, eu curtia todas com um ex amigo
que hoje mora noutro planeta.- O de como ganhar dinheiro em dez lições-,
E eu vivo pra tentar simplificar;
Mas éramos uma dupla e tanto
Aos 13, tirava um cochilo
dos justos à tarde,
Mesmo quando eu ficava puto,
porquê mamãe tinha improvisado
um arroz com banana, ervilha e milho
nos dias de faxina.
Aos 13, acordava com cinco envelopes do Futebol
Cards embaixo do meu travesseiro,
Deixados por papai, antes
dele ir atender pacientes lá onde
o vento faz a curva.
Aos 13, eu fugia da escola,
Pulei o Muro do Chapeuzinho,
driblando um porteiro negro,
impecavelmente simpático.
Aos 13, eu jurava que tudo ía ser fácil
aos 30, ou 40.
Antes disso, papai foi para
o mundo de Alzheimerland.
Nunca tomamos aquele chope gelado;
e, ao "virar homem", ao fazer Barmitsvá.
Meu únigo privilégio foi
O de carregar a alça do seu caixão.
Funeral Blues tupiniquim.
Aos 13, eu achava que, por
ter olhos verdes, eu veria
o mundo todo colorido.
Aos 13, eu usava tênis Bamba,
Jogava futebol com os amigos do prédio
e íamos correndo beber
a Fanta Limão,
recém lançada.
Aos 13 eu era franzino, mas
entrei no meu primeiro
filme proibido para menores
de 14 anos.
Grease foi o que me desvirginou
nesse divãs democráticos.
e até hoje, eu canto gemendo, "Oh Sandy.."
Aos 13, estava prestes a ver a seleção de 82
perder para o maledeto do
Paolo Rossi.
Desde então, não tomo mais sorvete napolitano.
Aos 13, eu nunca imaginava,
que um dia , ía olhar pra trás
e nunca mais achar a Terra do Nunca.
Aos 13, eu tinha ilusões;
e mesmo quando chorava
por alguma bobagem,
Sabia que o melhor
ainda estava por vir.
Aos 13, eu jogava bola
que nem o Neymar, só que com um
cabelo decente.
Aos 13, quando eu tinha insônia,
meu pai roncava, minha irmã brincava de Susie,
e eu, embaixo de uma cama
impecavelmente arrumada,
quando não conseguia dormir,
e tinha os olhos tristes do Noel,
Minha mãe vinha perto,
com aquele cheirinho natural
que só as mães têm, e dizia.
"Dudinho, é só fechar os olhos
que o sono vem".
E vinha mesmo.
Na verdade, às vezes acho que tô
dormindo até hoje.
Tenho medo de abrir
Os olhos,
e perceber
que a eloquência do meu silêncio
não poderá ser ouvida
Jamais.
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NÃO VEM COM ESSA DE ME SALVAR NÂO

por Eduardo Minc, quinta, 2 de Fevereiro de 2012 às 15:29 ·

Tudo bem que aquele carinha
francês, o tal De Gaulle, disse,
depois de beber, talvez,
uma taça de Beaujouleais Nouveau, em
frente a um hotel argelino, em
pleno Boulois de Bologne.:
"Triste é um país que precisa de heróis",
ou algo assim.
Mas certamente que nós
gostaríamos de , em nossos
momentos de incerteza, ver
um holofote ao lado da lua,
nos confortando para querer
acordar obstinadamente no
dia seguinte.
 E enfrentar
o mundo  que por vezes é tão insosso
e sem ver as caras de Zumbi
das pessoas que andam com
a bochecha grudada no metrô.
Pra mim, o Homem Aranha,
que eu me lembre,
é o mais angustiado entre eles.
Ah, mais aí vem a Kirsten Dunst
e preenche todas as teias.
O Capitão América é um
idiota.
Ora bolas,
onde já se viu enfrentar inimigos com um escudo
estampando a bandeira americana e escrito:
"Kill me Nazis".
O Homem de Ferro, esse sim,
sabe levar a vida na flauta,
e por isso não deve enferrujar nunca.
O Hulk, pobre homem,
parece um alface ambulante,
quicando por aí e acolá
e comprando todo o estoque
da Varcas.
o Thor, caiu sem querer na Terra
e com seu cajado-bumerangue,
me faz lembrar o pião sarado aqui
de baixo, com sua britadeira
insuportável.
O mais incrível é que eles
mantém em segredo seu alter -ego,
mesmo virando enredo da Mangueira, e
desfilando no Sambódromo, só com os
olhos tampados e a bunda de fora.
Ah, e tem o Homem-bichona,
que voa com um armário preso às costas,
achando que o mundo inteiro não sabe seu segredo.
E o Highlander, pobre coitado,
não consegue morrer
de jeito algum.
Miséria.
"Who wants to live forever".
Eu é que não,
apenas florir
na primavera,
nevar no inverno e
suar no Verão.
Depois quero outras viagens.
E, Oh,
Não vem com essa
de me salvar não.
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E AÍ SEU DOTÔ ou PÕE A MÙSICA DO ROCK BALBOA ANTES DE LER

Por Eduardo Minc, sexta, 3 de Fevereiro de 2012 às 05:42 ·

Meu coração é meio
que nem uma casinha de palha;
gostosa de ficar encolhido nela.
Mas se um vento forte bate,
o coração de espatifa.
E, outo dia, correndo no Leblon,
Cometi um erro capital,
Liguei pra mamãe, justo no dia
de faxina, dizendo que eu
estava correndo, e que ía passar lá em Copapara lhe dar um beijo.
Mas a mãe estava desaforada
naquele dia, e disse que
eu já não tinha idade para fazer
extravagâncias....
aí, eu falei.
Calma, Beth, calma! (Elixabeth é o nome dela, mas tem que ser com z e th, que nem o da Rainha,senão dá merda)
você sabe que isso
é tranquilo pra mim.
e ouvi:&¨%$¨&&&¨%,
Claro que o fone estava a um
metro do meu ouvido.
O fato é que praga de mãe
pega.
e pega legal.
Aí, pronto, resolvi fazer um ketchup,
ops, desculpa, um check up..hehe
já fiz todos os exames e ,
caso sobreviva à cretinice
humana, eu vou
ao cardiologista hoje.
Como quem diz: Toma aí, meu chapa e vê como tá tudo bom:
Xixi, dopler, creatinina, albumína, tch, iptu,sus, inps, ipva, etc.
tinha todas as siglas.
ou seja;um cardápio completo
pra você, que na segunda,
começa aquele novo regime.
Porque  sempre está dois kilos acima do peso.
Bom, mas o fato é que o dotô tem a cara
do Wladimir Putin;
Fico sem saber se ele ´
é grosso,
tímido,
rabugento,
ou o Dick Vigarista.
Mas hoje, depois das duas,
ele vai ver só.
o coração vai estar tinindo,
o dos livros de biologia
e aquele outro
da Renascença.
Se Deus quiser
estarei pronto pra
amar de novo.

O HOMEM QUE VIROU SOPA

por Eduardo Minc, sexta, 10 de Fevereiro de 2012 às 09:40 ·

Apesar de não ser
o Lenine, vou pedir
procês, um pouco
mais de paciência,
que é pros surfistas e
suas "amigaaaaa!!!"
tentarem entender melhor.
Então,devagar, e
sempre,
Como aquele brocha do seu Arnaldo
vamos lá para o tradicional:
Era uma vez, um cara
que tentava ser normal.
Dava bom dia, com a mesma
expressão de quem manda se fuder;
e se desculpava, sem mexer
os lábios, como um ventríloquo
desbocado.
Tudo ía de mal a pior,
mas a gente sabe que sempre
pode piorar, né..
Tudo começou no
meio de um faroeste caboclo,
quando, em plena Central
do Brasil, ele, correu esbaforido,fugindo
daquelas coxinhas de galinha sujas
de graxa;e se deparou com um óculos escuro,
e a Fernanda Abreu por detrás, cantando,
Rio 40 graus....
Ele tava num dia maus,
Com uma sensação ruim,
tipo conselho de mãe, saca...
O cara tava suando mais
do que cachorro que la te
em terra.
Antes do Globo Repórter
anunciar o final dos tempos, - ao
invés da emigração das andorinhas
da Patagônia Selvagem -,
ele percebeu que estava
se liquefazendo.
Isso merrrrrrmo.
Não, cê não tá com a vista cansada, fica tranks.
Era o primeiro dia do
Homem que virou sopa.
O Zé Dumont nem era figurante,
E o outro Zé, o Mayer, continuava
ganhando pra comer gente.
Nosso pobre cidadão
queria a todo custo chegar em casa,
pois, aquela gota de suor,
que vai, caprichosamente ,
escorrendo pelas costas,
até se derreter no início da bunda,
estava multiplicando-se
mais que os Gremlins.
Mesmo sem ser "natureba",
ele esqueceu do desodorante que
protege 72h, hehe,
e estava com duas poças dágua embaixo
das axilas.
Quis pedir socorro,
mas até sua sombra sumiu,
A procura de uma fêmea pra
se acasalar.
O Homem que virou Sopa,
estava pingando,...
pingando...
pingando tanto
que ao chegar em casa,
o vizinho do 301,
estava reclamando de um
princípio de vazamento.
Na cama, seu dedo mindinho ,
úmido, quase todo derretido.
A atmosfera,
pudera, tava mais pra Mad Max, do
que Os Pinguins do chato do Jim Carrey.
ele já não andava, e sim ía alagando
a tudo e a todos;
sem piedade.
Esspecialmente àqueles que entram no
mundo virtual à tardinha, para importar
frases feitas, bonitinhas,
e reclamarem de tudo, sem nada
fazerem para mudar.
O homem que virou sopa,
ao menos, ele próprio,
estava mudando.
Deslizando pela sala,
ele n sabia como pedir socorro.
mas um pote vazio,
abrigou as milhares de gotas
desse pobre homem,
desprezado...
ultrajado...
por janotas engravatados
sentados depois
do vigésimo andar e
protegidos por um ar, tão
condicionados, como eles mesmos.
Como o carinha que escreve,
e não o seu mentor intelectual,
estava sem paciência,
guardou seu líquido
no pote da Kibon.
e intitulou:
Homem que pensa com Abacaxi.
Quando o calor
diminuir,
ele volta, inteiro,
ah, se volta...
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esse dois

O OUTRO ANTÔNIO CALADO

por Eduardo Minc, domingo, 12 de Fevereiro de 2012 às 13:11 ·

  Tarde de mais um domingo insuspeito, daqueles que sugerem o ócio como o melhor dos ofícios para os preguiçosos por predisposição genética. Eu poderia estar vendo a exposição do pintor Modigliani -não, não é um prato italiano, tipo, Talharim à Modigliani - ou correndo, já que atividade física e esportes são alguns dos ingredientes mais eficazes para manter a ponta de meu nariz acima da água e me defender das kriptonitas da vida.
     Lembrei-me hoje, sei lá porquê, mas, com muito carinho, de Antônio Calado, não o autor de Quarup, mas o outro, que eu vim a conhecer na Revista Geográfica Universal, da Bloch, meu primeiro emprego, quando ainda estudava na PUC do Rio de Janeiro. Para não repetir o nome da figura mais emblemática que já conheci no Jornalismo, vamos chamá-lo de"O Outro", ok? Bom, se você concordou, ótimo, caso contrário, fodasse, porque quem está escrevendo sou eu,não é mesmo...hehe.
      Entre algumas figuras marcantes, cheguei à Geográfica como uma espécie de Tintim no mundo da aventura-Vol 1, eu era o mais jovem, e o restante da redação, talvez por cansaço da vida ou por já ter vivido um bocado de emoções, me recebeu bem , excessão feita às mulheres, que também eram tão escrotas que sequer mereciam mais do que algumas brincadeirinhas e expressões demagógicas de cordialidade, como Bom dia, Por favor, obrigado, e vá a merda, o que não é tão grave assim numa redação.
      Havia mais de uma pessoa interessante, mas uma em especial, O Outro, me causava uma mistura de compaixão, orgulho, gosto de aprender e uma certa proximidade que veio sei lá da onde (esqueçamos as doutrinas kardecistas, ateístas ou da casa do caralho). No final da década de 90, onde passei a maior parte dos três anos e meio que lá trabalhei, o Outro era um redator de mão cheia, um poço cultural sem fundo e o pilar para que a Revista saísse com o mínimo de erros, históricos e ortográficos.
      Mas O outro era também o que se prenunciava o fim dos tempos de um jornalismo divertido e sério ao mesmo tempo, com pitadas saborosas de humor que me encantavam, a mim e ao meu romantismo de esperar ansiosamente minhas matérias saírem à cada mês. (só um parênteses para reforçar o quanto eu era romântico e estúpido, não necessariamente nesta ordem. Quando me efetivaram como redator, após um período de estágio, fui comemorar com a minha namorada num restaurante meio chique na Lagoa Rodrigo de Freitas, ou, ao redor, melhor dizendo, e em vez de relaxar, saboreamos a sobremesa do meu existencialismo, de quem não admitia estar ganhando tanto dinheiro para pouco trabalho, vejam vocês. O mais interessante que, mesmo como Cobra criada, teoricamente, aos 44, o dobro e mais uns dias da idade que tinha, eu continuo a experimentar aqui e acolá a minha inocência fundamental.
     Bom, mas n estamos aqui pra falar de mim, ora bolas. Para começar, Calado, O Outro, falava sem parar, principalmente após o almoço, quando chegava bêbado à redação e alguns idiotas diziam que era o primo dele quem trabalhava à tarde. Era nesses momentos que a sua filosofia rasgava o peito e ele folheava a ouro quaisquer banalidades, com tanta empolgação, que espirrava de seus lábios uma chuva de bactérias em minhas, então, camisas de grife e cabelo com um toque de gel.
    Tive a honra de dividir um desses porres, sempre de chope com pouco colarinho. Lembro-me que neste dia, ele me disse, com o dedo em riste , e quase num tom profético: "Dudinho, a felicidade é alguma coisa que está em algum lugar dentro de você. Cabe a ti encontrá-la", cuspiu meu colega, filósofo abissal.
E escorado por mim, chegava na sala de trabalho e , mesmo com trocentas cervejas, era mais lúcido do que todos os funcionários do maluco do Adolfo Bloch e o cordão dos puxa-sacos.
     De cabelos brancos, vivia cofiando sua barba de capitão de barco de pesca, revezava sua meia dúzia de camisas e suas duas calças surradas jeans. Desapego em forma de gente, sabedoria pura e humor genuíno, num tempo em que trabalhávamos...ai que saudades, em máquinas de datilografia. O som do a, esse, de, efe, ge, era como Mendelsson nos meus ouvidos.
      Aos 60 e poucos anos, vivia em seu segundo ou quarto casamento, e , emotivo como o Yúri do BBB 12, que chora pra ser escravizado pela namorada gaúcha-, O Outro se emocionava à toa, pegava em minhas mãos e dizia. "Como eu queria ser seu pai, garoto. Você vai longe".
      Longe, exatamente, o mais que fui, foi a Moscou, cobrir pelo COB, Os Primeiros Jogos Mundiais da Juventude, mas Calado, o Outro me fez acreditar que o desapego e a doação do que se carrega de melhor -sabedoria - nos enlevam à despeito dos olhares tortos da turba.
      Um outro dia, um garoto, espinhudo e com cara de um dos sobrinhos do Pato Donald, hoje Editor-executivo de um dos Jornais de maior prestígio no Rio, veio nos perguntar onde ficava a Polinésia. Numa sintonia, que parecia regida por Rakmaninhov, O Outro disse que tínhamos várias, a Maionésia, que nos faz tão bem no pão, e engatamos em sacaneá-lo, até que ele encolheu o rabinho e voltou para a sua baia.
     Calado morreu quando eu já tinha sido demitido da Revista por um chefe que me ensinou quase tudo que sei, exceto a covardia, e eu n pude agradecer o tanto que queria, pois ele se foi um dia antes do que eu tinha decidido ir visitá-lo. Mas fica um outro ensinamento, ocorrido naqueles dias em que a gente se acha um merda. Andando pelos corredores e esbarrando nos cachorros de Seu Adolfo Bloch, cabisbaixo, eu ouvi, juntamente com um literal temporal bacteriano, suas doces e lúcidas palavras, não importa se antes ou depois do almoço. "Eduardo, você nasceu Jornalista. Você é um Jornalista de verdade e nunca esqueça disso". Me emocionei e ergui a cabeça algum tempo depois. Hoje, não sei bem quem ou o que sou, ou melhor, estou, mas O Outro Antônio Calado, lá de cima, parece ainda querer me dizer: "Filho, levanta a poeira , e vai ser gauche na vida...."
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Mais louco é quem te diz...lê e relê,muito 29 de Fevereiro

Às vezes...Loucos !!

Às vezes é preciso ficar só para descobrir outras pessoas dentro de nós,às vezes é preciso se esquecer para encontrar o melhor dentro de si ...Às vezes é preciso perder tudo só para ter algo de volta,as vezes é precis
o desistir para recomeçar...Às vezes é preciso se deparar com a morte para viver,às vezes é preciso tomar decisões para errar e errar para aprender. Às vezes é preciso entregar-se a outras loucuras para ver que não se é tão louco assim,às vezes é preciso esvaziar-se para preencher por completo o vazio.

achei mais um filhinho da prole...

ainda assim, porquê "sempre n é todo dia"

As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.
Ame-as MESMO ASSIM.
Se você tem sucesso em suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.
Tenha sucesso MESMO ASSIM.
O bem que você faz será esquecido amanhã.
Faça o
bem MESMO ASSIM.
A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.
Seja honesto MESMO ASSIM.
Aquilo que você levou anos para construir pode ser destruído de um dia para o outro.
Construa MESMO ASSIM.
Algumas pessoas têm verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar.
Ajude-os MESMO ASSIM.
Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, você corre o risco de se machucar.
Dê o que você tem de melhor MESMO ASSIM.
Lembre-se que, no final de tudo será você ... e Deus
E não você ... e as pessoas!


Madre Teresa de Calcuta / Mother Theresa of Calcuta

relaxa.....que tudo pode passar de mera ilusão....ainda assim, seremos personagens desenhados no papel... E se a noite estrelada for só uma cartolina preta?

Paramahansa Yogananda

percebeste, .....
" Se você deseja ser feliz, aprenda a viver sozinho e a mergulhar na introspeção, frente a todos os tipos de experiência: bons livros, problemas, religião, filosofia e alegria interior. O retiro proveitoso, voluntário e habitual, é o preço da verdadeira felicidade. Quando estiver no meio de uma turba de faladores, recolha-se à cela dos seus pensamentos profundos e goze a paz de sua fonte interior de silêncio", Paramahansa Yogananda

É HOJE O OSCAR ou E O MONOBLOCO QUE SE FODA

por Eduardo Minc, domingo, 26 de Fevereiro de 2012 às 07:39 ·

Ih, não é que hoje
é dia de Oscar?
Tudo preparadinho
com o mesmo aprumo
de uma penteadeira de puta.
A Margareth Tatcher pediu pra avisar:
vai fantasiada de Meryl Streep;
E a Meryl, já tem até cadeira com nome marcado,
depois da décima-sétima indicação.
Nem ela mesma sabe quem é.
Os papparazi, discípulos de
Cartier Bresson,
seja nos States, França, Bollywood,
ou no Carnaval brasileiro,
já se posicionaram pra
ver a Juju Salimeni
entrar sambando -"Juju, o tapete é vermelho, mas o
desfile é só pra quem sabe falar
"The book is on the table e Madame Thibaut".
Aliás, é a chance da França
empinar seu nariz,
Jogar os silicones falsos pras costas,
e falar, ops, falar não, sorry,
que O Artista, é o favorito pra ganhar.
O que, convenhamos, também
não quer dizer porra nenhuma.
Mas o ator principal, já disse
que vai de smoking em preto e branco;
E que , caso vença, não vai agradecer,
pois é completamente mudo.
Logo na entrada, um ufanista
Carlinhos Brown vai estar vendendo
acarajés, cocada e cuccuz e com as mãos.
Woody Allen vai com uma nova ninfeta
tailandesa, que ele adotou
pra hora de seus lanchinhos.
Sinto muito, meninas,
mas o George Clooney e seus filhos chatos,
anda numas de "descendentes", e promete
causar rebuliço, com um fraque e uma
bermuda florida, legítima hawaiana.
Tipo o Bonner, que quando se levanta, tá sempre com
uma bermuda larga dos Lakers.
o Kung Fu Panda 2, eu acho
que Shifu, dessa vez:
Mas em compensação,
O apresentador da vez
vai continuar sem graça.
Tanto que a Academia pôs um saco de riso
e outro de pum nas cadeiras.
Mas , os caras são mesmo demais.
Já construíram uma academia anexa para Hugh Jackman
malhar e Bradd Pitt jogar mini-golfe,
enquanto Clint coordena,com um rifle na mão
e nenhuma expressão no rosto.
A Viola Davis, corre o risco de ganhar
e ver seu salário de Babá decaduplicar.
Caso contrário, põe a "viola" no saco
e vai jogar basquete naquelas
quadras de Bervelly Bronx.
E na literal corrida pela
estatueta, o padre irlandês
prometeu que vai dar uma banda em quem estiver
na frente. Ou o Gladiador, Billy Elliot, os seu
"Carruagens de fogo", e o Paul tergat.
Ah, antes que eu esqueça: Semana que vem,
quando ce for pintar seus
cabelos com formol,
lá no Werner,
lê só uma revista de celebridades, já
que todas vão consultar um estilista
e seu armário para detonar o vestido
que o Herrrrrrrrrrrrrcoviitvcccccccccccc
fez para a Pamela Anderson.
Pera aí, calma que eu errei:
Pamela, no Oscar? não, esquece, que Jet Sky n entra.
então esquece também do Hercovich,
e deixa ele continuar se achando,
na Semana de moda Nordestina do Piauí.
Esse ano tem outras novidades:
Ao invés de 8 horas de transmissão,
serão apenas 7h48 min,
com propagandas do Russel Crown
vendendo apostilas de matemática
para uma mente brilhante;
do Tom Cruise vendendo óculos escuros
e a Ana Maria Braga, comendo seus quitutes,
pré -cozidos, e dando uns pegas no modelo
que ela põe um jaleco de médico..hehe.
E o tradutor simultâneo é
do Jóquei Clube, que fala 100 m de palavras em 9.59 s,
o que deixou o jamaicano Usain Bolt
puto, e apontando uma flecha invisível,
à la Pocahontas.
Mais uma vez , existe esperança
do pessoal de Hanna Barbera comparecer.
Rola um boato que importaram
diretamente de Bedrook,
quatro poltronas de pedra,do tipo
tanto bate até que fura....
para o conforto de Fred, Barney, Vilma e Beth.
Calma Beth, calma....
espera depois do Big Brother,
àquele que ce nunca vê, mas sabe
tudo o que acontece.
ou,
caso prefira...
joga fora as pipocas de microondas
da cama, tira aquele
caroço do dente,
e rouba a assinatura de um jornal
do vizinho.
Pena,
Ah se não fosse aquele submarino e três hidro-aviões
entre a minha L2 e a L3.
Mas, e aí, vambora fazer um bolão...
Eu me amarro,
Mas só se for solado,
maçudo
e molhadinho...
bem molhadinho...hehe
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O DIA EM QUE SUMI DE MIM

por Eduardo Minc, segunda, 5 de Março de 2012 às 12:43 ·

Têm dias que dá
àquela vontade de sumir.
E como dizem os sábios,
tão logo você os pague,
Cuidado com o que você
pede, pois Deus acaba
realizando seu desejo.
E foi assim que, desde cedinho
não me encontrei mais
Só que o mais incrível
é que não estou
com saudades de mim.
Não deixei pegadas,
digitais,
e nem peguei
os jornais
- é que além do meu, vez em
quando eu pego emprestado
o do 303. -
Depois de algumas horas,
Noel, meu alter
sem ego,
sentiu falta daquele
sorvete de creme.
Àquele, pra clarear
as idéias.
Não exibi o crachá
fora do escritório.
tão escroto quanto
andar de pochete de
couro na cintura.
O cara do telemarketing
ligou às pampas,
e dessa vez, se fudeu.
Eu realmente sumi.
Não, não fiquei invisível,
tipo o Gasparzinho,
meu camarada.
Nem tampouco
surrupiei tua
calcinha
pequetitinha e amarela;
toda enfiada.
Começou a anoitecer, e,
o orelhão aqui de baixo
tocou, sabe-se lá
o porquê:
o dono da banca,
mais a manicure
de um salão kitch,
e o pipoqueiro que
nunca sabe se é
doce ou salgado,
entraram aqui
em casa, com
a cópia da chave.
Uma só que um dia emprestei
para a menina adolescente
que eu chamo, carinhosamente
de O pecado mora ao lado.
Mais ninfa que a Lolita
de Nabokov.
Ninguém,
absolutamente
ninguém, me
achou.
nem no congelador,
nem debaixo do chuveiro,
e nem fazendo
o meu arroz com morango, com
o qual já comi gente
à beça. (a receita eu dou depois).
Mas eis que, de repente,
eu percebi que estava grudado nas minhas costas,
como àquele óculos que a gente
procura na casa toda,
pra depois achar em cima
da cabeça.
Ah....
Então é por isso que o mundo anda tão pesado.
Carregar minha carcaça por aí
já é difícil;
imagina duas.
Ainda bem que me encontrei
"errando de bar em bar".
Por isso minha coluna dói,
algo assim,
entre a L2 e a L3
Um vazio de quem anda curvado
com a sensação
de carregar o mundo nas costas.
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QUAL DOS RIOS FAZ ANIVERSÁRIO??

por Eduardo Minc, quinta, 1 de Março de 2012 às 10:18 ·

     Eu me considero razoavelmente inteligente e capaz de discernir o que vale a pena, do que reclamar à toa e dispersar energia. Mas, como muitos já sabem, não escrevo pra agradar ou desagradar ninguém. Não, não ganho nada, mas aqui quem manda sou eu, por isso posso brincar de letrinhas à vontade. Posto isso, estou curioso para saber qual é o Rio que faz aniversário hoje;:é o Rio maravilhoso que os habitantes dos nichos mais confortáveis da cidade desfrutam; ou é aquele outro , do lixo que o mendigo aqui debaixo remexe toda à noite para encontrar aquele resto de comida que jogamos fora?
     Sou inerente ao Rio que celebra tantos anos quanto um Highlander ou um vampiro descuidado, que não anda com coletes à prova de água benta. Bom, mas antes que eu tergiverse (Ah, moleque..falou biito, hein!), ao menos, procuro ajudar efetivamente àqueles que não têm nada pra comemorar. E não é com aquela moedinha que cê dá no sinal fechado, praquele moleque ir embora rapidinho e deixá-lo arrancar com o carro do ano e àquele Iphode que vive e dorme contigo;
     Acordei hoje bem cedo, como de costume, e me deparei com todos os Veículos de Comunicação -escrita, televisiva, etc - brindando às belezas naturais da Cidade, como numa propaganda de plano de saúde. Seria um pateta se não considerasse a minha Cidade, Maravihosa, com sua geografia desafiando a lógica. Uma cidade espirituosa, com gente humorada e dom para carregar o fardo de maneira mais leve;
      Claro, nós temos além de bananas, a Floresta da Tijuca, o Corcovado, o Pão de açúcar , praias exuberantes, uma Lagoa delirantemente linda, um Centro histórico, Museus que nos oferecem exposições , e, provavelmente, as pessoas mais despojadas e bonitas de todo o país. Ah, me esqueci das senhorinhas que conversam conosco numa fila modorrenta de Banco, como se fôsseos amigos de infância.
    Verdade seja dita, e já foi. Mas, e as mazelas em que uma parte graúda da população carioca - pouco mais de seis milhões - é obrigada a passar? Aliás, tem tanta gente degradando-se por aí, que, mesmo em vida, elas jã estão mortas . Inclusive para àquela menina chata do Censo, que nos perturba nas horas mais impróprias.
     Oh, como alguns já sabem, procuro escrever interagindo e em tempo real; então guenta um pouco aí, ou vai fazer seu xixi (mas lava as mãos, hein!), enquanto eu pego um refrigerante on the rock, parte de meu ritual. É rapidinho, dá até tempo de cê ler a matéria da Luana Piovani , na capa de uma revista de celebridades, dizendo que já está pronta para quando o filho nascer, ou algo similar;quando o óbvio seria o de que ela não está pronta.
       Mas táí, a Luana Piovani, o Ricardo Boechat, o Wagner Love, O Giba, a Glória Pires, Sirkis, Júlio Lopes (arrrght) , Evandro Mesquita, eu e provavelmente muitos de vocês, vivemos (concordância ideológica, seu chatonildo(a) ) numa cidade que, de fato´, é maravilhosa, ainda que isso não console nossas crises, depressões viroses e estresse, palavras proibidas para quem acorda às 3h da manhã, pega um trem lotado, ganha um salário de fome, ouve bronca daquele chefe (que vai embora mais cedo às quintas para transar com a amante), e volta novamente com o trem lotado, chega em casa , come  - quando tem - um arroz com água de feijão, para despertar no dia seguinte e repetir a mesma sina.
      Ah, e se esse mesmo indivíduo for confundido com um bandido, vai apodrecer numa cadeia superlotada, com 60 detentos "inocentes" na mesma cela. Estresse!, depressão!, virose!. Ah, que que há meu amigo(a), isso é coisa de rico, pôxa vida. Pobre tem isso não, ora bolas. Ah, tem a "melhoria" nas favelas, migrantes que  não têm sequer dinheiro para voltar às Terras de origem, e que a gente já se acostumou com eles, como se fossem cachorros mortos; Ah, perdão, porquê hoje em dia, cachorro, vivo ou morto ,me dá a impressão de que alcançou um status em nosso lado emocional do cérebro, em alguma categoria além dos humanos e abaixo dos céus. ( Eu e Noelzinho somos um exemplo dessa simbiose).
      Bom, o negócio é o seguinte, acho chato às pampas esses paneleiros, grevistas, reclamões virtuais, que se indignam diante do ar condicionado, e do último gadget lançado.É que me parece, como ser-humano e jornalista, pasmem!, ou não, como diria Caetano, (desempregado), que as revistas dominicais, as que estampam vestidos glamourosos daqueles "cabides ambulantes" do Oscar, até programas de TV, são feitos somente para o Rio celebrado no dia de hoje, primeiro de Abril, ops, sorry, primeiro de Março.
    Entre várias paixões, é sabido que adoro praticar esportes, mas  admitir salários de  cerca de cem mil reais para "atletas", enquanto professores, policiais, médicos, lixeiros, aposentados, pensionistas, entre tantos outros ofícios,, ganham um salário simbólico, é, no mínimo, patético, ou mais; é vergonhoso merrmo. Não reclamo e nem participo de discussões que vão desembocar no "sexo dos anjos", no Reino Encantado da Facelândia.
     Trato de pegar roupas decentes, mochilas, sapatos e dou àquele sujeito que todos chamam de "aleijadinho", e que eu fiz questão de saber que ele se chama Fábio. Não acho legal falar dessas atitudes, pois, se recorrentes, se transformam em orgulho. Mas cabe  no contexto.
     Bom, não tenho a pretensão de definir o tema, o que é óbvio, e nem tão pouco de  mudar a atitude de alguém. O que importa é saber que uma pessoa alfabetizada não é aquela que sabe ler e escrever; mas a que tem o poder de discernir os fatos que lhes chega , quase sempre, deturpados. Brinco de letrinhas porquê tenho a necessidade desse ópio, na certeza de que , mais que tudo, a sociedade que tantos criticam, sou eu, você, seu namorado, etc.
     E mais!, Já passei da idade da inocência, em que promessas me eram críveis, e o Jornal Nacional, após "vomitar" 65 tragédias, termina com o ursinho Panda bonitinho, que acabou de nascer no zoológico da Austrália, e nos dá boa noite.
    Boa noite pra quem, Bonner Cára-pálida. De qualquer modo tenho a certeza de que gestos funcionam muito mais do que reclamações, ou doações financeiras. Ah, e antes que eu me esqueça só quero ser àquele herói  que consegue mudar a si mesmo....O resto....Ah, o resto é paisagem bonita, né...
OBS: texto só com uma rápida revisão, ok..

PAPAIIIIIIIIIIIIII